A característica que mais detesto num homem é a promiscuidade. O abanar de cauda, com a língua de fora a qualquer rabo de saias, seja manicura ou doutora. O baixar de calças em qualquer alcova, com a testosterona a falar tão alto, incapaz de o fazer distinguir o trigo do joio. Pena é que o género masculino não entenda este conceito como eu, e que uma catrefada de lambisgóias no curriculum seja desvalorizada e vista apenas como um desovar sem importância.
Jamais compreenderei os homens: no outro dia contava-me um que não falava com os 3 filhos, mas, em contrapartida, fazia "carretos" a ir buscar à escola os netos da actual companheira. E são vários os casos que conheço daqueles que se divorciam das mulheres e, consecutivamente, dos filhos. Que género estranho este, apre!
"Enquanto seres humanos, somos especialistas no estudo dos comportamentos de acasalamento das outras espécies. (...) No que toca a escolher um parceiro para nós mesmos, porém, poucos seres humanos parecem ser bem-sucedidos, quanto mais entender verdadeiramente o processo dessa escolha. A maioria das espécies animais não parece ter grandes problemas na escolha de parceiros, nem a lidar com os relacionamentos. (...) O estado dos nossos relacionamentos com os nossos parceiros - ou a falta de parceiros - constitui fonte constante de discussão (...). Poucas coisas nos causam tal prazer e alegria, ao mesmo tempo, provocando-nos paradoxalmente tanta dor e desespero." (Allan e Barbara Pease)
De repente, isto faz-me lembrar uma relação entre homem e mulher: ela fala, fala… Ele não está nem aí para a ouvir. Ou melhor, nem a entende. Ecoa no seu cérebro, ao longe, um “blá, blá, blá” indecifrável. A meio de um assunto importante para ela, ele disparata. Ela fica furiosa, ele pira-se, irritando-a ainda mais. E e ele ainda fica admirado por ela reagir assim; ora, por que será?!