Bryan Ferry - "She" [Opening the Cannes Film festival 2009]
He May be the face I can't forget The trace of pleasure or regret May be my treasure or the price I have to pay He May be the song that summer sings May be the chill that autumn brings May be a hundred different things Within the measure of a day
He May be the beauty or the beast May be the famine or the feast May turn each day into a heaven or a hell He may be the mirror of my dreams The smile reflected in a stream He may not be what he may seem Inside his shell
He Who always seems so happy in a crowd Whose eyes can be so private and so proud No one's allowed to see them when they cry He May be the love that cannot hope to last May come to me from shadows of the past That I'll remember till the day I die
He May be the reason I survive The why and wherefore I'm alive The one I'll care for through the rough in ready years Me I'll take his laughter and histears And make them all my souvenirs For where he goes I've got to be The meaning of my life is
O meu velhinho de estimação (leia-se, Bryan Ferry) vem novamente a Portugal, para um concerto no Casino de Espinho dia 17 de Maio. Os bilhetes, com jantar incluído, custam 150 euros. Vi-o no ano passado, em Julho, num concerto belíssimo no Vila Sol SPA & Golf Resort, no Algarve, por 30 euros. Um roubo portanto esta quantia cobrada pelo Solverde. Será pouco provável (mas não se esqueçam que eu acredito em Fadas), e como um blog serve também para isto, se alguém, por alguma razão, tiver bilhetes de borla e os quiser vender por um preço mais razoável (dispenso o jantar), podem escrever-me para o endereço de mail aí ao lado, na barra lateral. Eu agradeço.
Do I ever wonder? More than words can say Heaven knows it´s hard enough to pray Let me tell you something There´s a change in me Even now you´re gone you´ll always be My only love
Does it seem so funny For a fool to cry? Do you know the meaning of goodbye? There´s a river flowing By a willow tree When you need to know remember me My only love
Let me tell you something More than words can say But they´re all I have, no other way There´s a river flowing By a willow tree When you find you´re there remember me My only love
Chamem-me bimba, se quiserem, por gostar tanto de Bryan Ferry, mas há qualquer coisa no timbre de voz deste homem que, inexplicavelmente, me faz sentir, tremendamente, bem.
Bryan Ferry - Carrick Fergus
Começa, por isso, aqui, uma série de posts sobre ele.
O meu velhinho de estimação portou-se lindamente no concerto de dia 29, no Algarve. Enquanto cá não venho contar, fiquem com esta preciosidade de quando ainda era novinho:
O Bryan Ferry, aos 61 anos, é a prova real de que se pode vencer a P.D.I. (leia-se: Puta Da Idade) e dar a volta por cima nessa porra que é a luta contra o tempo. Ao pesquisar para um artigo que escrevo sobre ele, (re)descobri um homem cheio de encantos, quer vocais, quer físicos, quer estéticos. Bryan Ferry nasceu numa família paupérrima, estudou Belas-Artes, teve sucesso nos anos setenta e oitenta com os Roxy Music, passando, face a este, quase despercebido na sua carreira a solo que se desenvolveu paralelamente. Deparou-se com bloqueios de criatividade que o impediram de editar durante vários anos e crises pessoais que culminaram num divórcio, depois de 20 anos de casamento. Criou quatro filhos giríssimos, dois Labradores e outros tantos Border Terrier. No ano passado foi convidado a ser o rosto da linha “Autograph” da Mark & Spencer e este ano modelo da Burberry ao lado dos seus dois filhos mais velhos, numa iniciativa de louvar destas marcas que, finalmente, perceberam que a população envelhecida ocidental pouco ou nada tem a ver com as carinhas imberbes de catraios de 14 anos e o que, mais uma vez, mostra a versatilidade, pioneirismo e coragem deste indivíduo. Agora, está novamente aí, na mó de cima, com o seu último álbum, Dylanesque, em que canta clássicos de Bob Dylan, conseguindo imprimir-lhes um toquezinho tão pessoal e mágico que o tornou unanimemente aclamado pela crítica.