Todo o passado, como parte da nossa história que é, fará parte do futuro. Ele, lembrar-nos-á os nossos erros, ensinar-nos-á a tentar evitá-los, ajudar-nos-á nas escolhas. Relembrar-nos-á, quando voltarmos a falhar, que não é o fim do mundo, que sobreviveremos, que voltaremos a ser felizes. Far-nos-á ter a consciência da volatilidade das palavras “sempre” e “nunca”, da relatividade dos votos eternos que fazemos.
O meu passado será sempre tão precioso como o meu futuro e abraçá-lo-ei sempre com a mesma ternura que um dia lhe tive no presente.
É sempre mais fácil sofrer do que tentar ser feliz, queixar-nos do que nos falta do que valorizar o que temos. Mas há dias assim – bestiais! – que merecem ficar registados para não nos esquecermos de como a vida, afinal de contas, nos trata bem. (24.06.12)