Sábado, 30 de Junho de 2007
Quatro dias depois de ter sido presenteada com uma máquina fotográfica novinha em folha, brilhante e luzidia, descubro, bem, ali, à mão, na mala do portátil, a outra que julgava perdida para sempre.
Ora muito bem, espero que tal sinal de senilidade não seja, já, uma partida dos 40. Esses Ladrões!
Imagem adaptada por mim de Naxos audiobooks: Tales from the Arabian Nights – Ali Baba and the Forty Thieves and other stories
Sexta-feira, 29 de Junho de 2007
Ele mirou-a, impaciente, e confrontou-a com o inquestionável facto:
– Tens consciência de que passas quase um terço do teu dia no banho?
Ao que ela retorquiu, com a arrogância e superioridade dos seres que não pertencem a este mundo:
– Tenho. E, se pudesse, passava o dia inteiro debaixo de água.
E, nessa noite – como, afinal, em todas as outras – adormeceu embalada, movendo as pernas de forma ondulante como fazem as sereias.
Na foto: Laetitia Casta
Sexta-feira, 22 de Junho de 2007
Tão tortuosos são os caminhos da existência que, espero, profundamente, haver um sentido divino na justificação de tudo isto.
Quarta-feira, 20 de Junho de 2007
Terça-feira, 19 de Junho de 2007
Se eu te der as mãos, preenches com a certeza das tuas, a incerteza das linhas da minha vida?
Se eu te estender os lábios, selas-me, com beijos, o tormento das palavras?
Se eu abandonar a cabeça no teu colo, apaziguas-me, com carícias, os pensamentos?
Se eu me deitar contigo na cama, acalmas-me, com movimentos, a ansiedade do coração?
Se eu te deixar entrar em mim, explodir de prazer, enches-me, de felicidade, a existência?
... do you think he's good enough for me?
Mother do you think he's dangerous to me?
Mother will he tear your little girl apart?
Oo-ah, Mother will he break my heart?
Pink Floyd & Sinead O'Connor - Mother (Live)
Na foto: Nicole Kidman (clicar para ampliar)... voluptuosamente à tua espera, Meu Amor.
Segunda-feira, 18 de Junho de 2007
Nicole Kidman (foto retirada daqui)
Havia na casa de banho um cadáver emparedado. Tinha sido ele que o torturara e o escondera ali. Ela sabia-o, dos tempos em que vivera com ele e fez questão de o contar à amiga que, embriagada pela felicidade da sua nova união com ele, interpretou a informação como inveja e não acreditou. Ele era perigoso, mau carácter, violento, assassino, e ela só descansaria a sua consciência quando estivesse a sua amiga a salvo. Ele era também atraente, bem sucedido, influente, respeitado, tudo atributos que dificultariam a missão de o desacreditar. Ela, contudo, não desistiu. Chamou uma terceira amiga – comum a ambas – e desmontou na sua frente os azulejos da tal casa de banho, ficando à vista uma espécie de caixa-de-ar. Foi-nos, contudo, vedada, a nós, meros espectadores, a visão do corpo, imagino, em já avançado grau de decomposição.A testemunha correu a informar a futura vitima que mais uma vez desacreditou a informação e caiu no terrível erro de mulher apaixonada de ir contar o sucedido ao criminoso. Nesse mesmo dia, a amiga, a testemunha e uma terceira pessoa que não consigo agora identificar, morreram num acidente, inexplicável, uma fatalidade com o elevador do prédio que se despenhou de um remoto andar.Mais um sonho, meus caros leitores, que, acredito, nem o sábio e experiente Freud conseguiria explicar, ainda para mais, tratando-se, todos os intervenientes nesta bizarra dissertação do meu subconsciente, de conhecidas e notáveis personalidades da blogosfera nacional, cujos os nomes, obviamente, me envergonho de aqui revelar.
Sábado, 16 de Junho de 2007
Doors - The Severed Garden
Quinta-feira, 14 de Junho de 2007
Quarta-feira, 13 de Junho de 2007
Personagens:
• Simão, 6 anos (1º ano do ensino básico)
• Eu
Cenário:
A estudar aritmética com o Simão e ainda influenciada pela violência da bodega de programa de Wrestling que acabáramos de ver na televisão, elaboro novo enunciado:
Acção:
– Num galinheiro havia 12 pintainhos. Veio uma raposa e comeu 5. Um lobo e comeu 3 e um furão que comeu 2. Quantos pintainhos ficaram?
Ele, indignado:
– Ei, isso não é um problema para um miúdo da minha idade!
Eu, já cheia de remorsos de tanta chacina:
– Eles não morrerem, Simão, é só a fazer de conta.
Ele, chateado:
– Não é isso! É que ainda não aprendemos a subtrair, assim, tantas coisas seguidas!

Num post do João Gonçalves que pode ser lido aqui.
Os autores da foto são estes senhores que desconhecia e têm imensa piada.
Personagens:
• Simão, 6 anos (1º ano do ensino básico)
• Eu
Cenário:
Encarregue de estudar com o Simão, elaboro um problema de matemática para que ele me possa responder correctamente. Influenciada pela bodega de programa de Wrestling que ele acabara de me impingir na televisão, saio-me com o seguinte enunciado:
Acção:
– Num recreio havia dez meninos. Um bate em seis que caiem ao chão, quantos ficam de pé?