Estou outra vez na Alemanha. No país do desenvolvimento. É conhecida a minha relação de amor/ ódio com o país “maravilha” que me deu o meu último apelido. Tudo aqui exala robustez e tecnologia. Em casa, tenho três computadores, um deles ligado a um ecrã tão grande que, confesso, até me sinto intimidada pelos meus textos, enquanto os escrevo. Na garagem, um carro veloz e seguro. Na sala, uma televisão com tantos comandos que nem consigo entender para que cada um deles serve. Uma aparelhagem XPTO. Umas colunas XYZ. É normal, todos (ou muitos) têm. São acessíveis a muita gente.
Ontem precisei de álcool e de soro fisiológico. Fui a um supermercado, como sempre faço em Portugal. Não havia. Procurei numa drogaria. Também não encontrei. Recorri a uma farmácia. Consegui o soro, num formato estranho... e caríssimo! Já com o álcool não tive tanta sorte: só mo deram depois de garantir a pé juntos que não o ia beber.
Não é por nada, mas tenho para mim que as crianças alemãs limpam as feridas e o nariz com gasóleo...