Quarta-feira, 21 de Março de 2012
© Foto: ?
Quarta-feira, 21 de Abril de 2010
Segunda-feira, 7 de Dezembro de 2009
© Foto: Victor Del Toro / Na foto: ?
Sexta-feira, 13 de Novembro de 2009
Mas onde é que eu já vi isto?!
E, sorte teve o tipo, em não ter sido presenteado com um rato!
Quinta-feira, 2 de Julho de 2009
Ando há que tempos para postar isto.
Sábado, 9 de Maio de 2009
"We're so wonderfully, wonderfully, wonderfully,
Wonderfully pretty
Oh, you know that I'd do anything for you
We should have each other to tea, huh?
We should have each other with cream
Then curl up by the fire
And sleep for awhile
It's the grooviest thing
It's the perfect dream."
Sábado, 4 de Abril de 2009
© Foto: ? / Na foto: Kate Moss
Solitária, noctívaga, graciosa... como os seus melhores amigos. Mas, malogradamente, sem sete vidas para viver.
Quinta-feira, 4 de Setembro de 2008
Imagem: The Baroque Bohemian Cats Tarot/ © baba studio (Karen Mahony and Alex Ukolov)
Voltei a sonhar com eles. Vieram com aquela sensação sufocante de pesadelo que me assombra, de volta e meia, o subconsciente. Cheguei mesmo a interrogar-me – e a interrogar-lhe a eles, como se de humanos se tratassem – por que razão me aparecem vivos em sonhos se eu mesma velei por eles na morte e os enterrei na sepultura?
Sexta-feira, 24 de Agosto de 2007
Eles voltaram esta noite, mesmo quando dormitava em frente ao televisor. Vieram confusos, difusos, vagos, mas sempre com aquela preocupação de ter de cuidar deles, de ter de os proteger. Desta vez, porém, no limbo entre o sono e a vigília fui capaz de dizer a mim própria: eles estão mortos, calma, não precisas mais de te preocupar.
Terça-feira, 24 de Julho de 2007
Hoje era um touro: enorme, robusto, compacto, que se deslocava violentamente pelos telhados contíguos dos prédios daquela cidade espanhola e se enfurecia com os flashes, impressionados, das máquinas fotográficas dos turistas. Cheguei a temer que saltasse, quando a minha o fitou e lhe imortalizou o olhar enraivecido. A plateia soltou um “ahhhhhhh...” em uníssono e debandou para o centro da praça, deixando livre o espaço para o mergulho. Eu não fui excepção: corri dali para fora, pelas vielas tortuosas do meu subconsciente, em busca daqueles que me são queridos, que me entristecem o coração mas me são familiares e seguros: os meus gatos.
Sábado, 7 de Julho de 2007
William Shakespeare, HAMLET, Act 2, Scene 2
Segunda-feira, 2 de Julho de 2007
Imagem: The Baroque Bohemian Cats Tarot/ © baba studio (Karen Mahony and Alex Ukolov)
Passei novamente a noite às voltas com eles.
Desta vez foi com uma ninhada de quem, defensivamente, me quis desfazer. É que já são tantos…! (e a minha cabeça a explodir…!)
Os remorsos venceram-me e aquele gatinho recém-nascido que abandonei perseguiu-me todo o sono, novamente hipotérmico, definhando face aos irmãos que vingavam robustos, indiferente para uma mãe gata impotente, frágil, moribundo, esquelético e que acabei por carregar, noite fora, na palma da minha mão, fechada como uma concha protectora, segura, quente e aconchegante como um útero materno.
Terça-feira, 12 de Junho de 2007
Imagem: The Baroque Bohemian Cats Tarot/ © baba studio (Karen Mahony and Alex Ukolov)
Quem a visse, todas as tardes, passear por aquelas ruas estreitas, de pólo e calções de golf, pensaria, pela certa, tratar-se de uma menina rica, típica daquela zona chique da cidade.
Desconfiaria, porém, da sua sanidade mental quando a observasse em corridas rápidas e eficazes, como quem persegue uma presa, a ouvisse miar para o nada, ou espreguiçar-se, tranquilamente, aproveitando com gozo os últimos raios de sol.
Quando a noite caísse, quem a pudesse mirar atentamente, estranharia, com certeza, as suas pupilas escuras, redondas, enormes de dilatadas, o seu andar sorrateiro e gracioso, as suas gargalhadas, trocadas com as, aparentemente, inertes rochas marginais.
Julgariam-na louca, estranha, bizarra. Perigosa, até.
E jamais imaginariam, ser lá, nesses becos e sombras, que se escondem os seus amigos, aqueles que com ela partilham sete vidas, e que como ela se servem do crepúsculo para as viver.
Quarta-feira, 6 de Junho de 2007
Imagem: The Baroque Bohemian Cats Tarot/ © baba studio (Karen Mahony and Alex Ukolov)Sonhei outra vez com eles. Que não vinham quando os chamava, que faltavam quando os contava, como conta o pastor as suas ovelhas e, apreensivo, constata que não está inteiro o seu rebanho.Conferia-os um a um, para os guardar em local seguro, para os proteger do temporal que insiste em os ameaçar em sonhos, em roubar-mos traiçoeiramente, em levá-los para sempre sem me deixar sequer os seus corpos para os poder chorar, e enterrar com eles o meu sofrimento.Passei a noite às voltas com dores de estômago, intercalando o sono com a vigília, atenta ao regresso, deles, dele, em especial, que não vinha, pele e osso, esse sim, meu querido!, que fez questão de regressar para me morrer nos braços.
Terça-feira, 8 de Maio de 2007
© Imagem: Ray CaesarQuando era criança tinha gatos no quintal. Ninhadas selvagens que brincavam felizes ao cair da noite.Maiorzinha, tinha-os nos pulmões, numa chiadeira constante que lhe roubava o oxigénio e a impedia de respirar.Mais tarde, teve-os no coração: uma introdução aos afectos, à responsabilidade, à perda e à sua dor.Agora, subiram-lhe à cabeça. Visitam-na em sonhos pesadelos para se fazerem lembrados e a atormentar.