Quinta-feira, 31 de Agosto de 2006
No ultimo dia do mês de Agosto, no regresso a casa, depois de umas quantas voltas ao quarteirão em busca de estacionamento; de algumas tentativas de fazer encolher o carro e o enfiar num espaço mínimo; de ter equacionado tocar à campainha do vizinho para o fazer puxar o seu carro mais à frente; cansada, de mau humor e a rogar pragas ao São Bartolomeu a quem a Foz do Douro resolve todos os anos homenagear com festas de artesanato, acabo por colocar o carro, com os quatro piscas ligados, em frente a uma rampa para garagens.
Dirijo-me a casa, pego numa folha A4 e num marcador preto e escrevo, pateticamente, a letras gordas: “Estou no nº 511. As minhas desculpas pelo incomodo”. Deposito a nota no tablier do carro, entro novamente em casa, abro a janela, (convidando, desta forma, a mosquitada a fazer-me companhia) e preparo-me para um serão, verdadeiramente, em grande. De vigia.
Lá fora, no Passeio Alegre, o Quim Barreiros berra, idiotamente, como um bezerro desmamado: “Eu gosto de mamar… Eu gosto de mamar… Pois, eu acredito. Sei lá.
E parece que, assim, desta forma silly, acabou em cheio esta minha Silly Season.
Adenda: Às 23h, caridosamente, o dono das garagens abriu a excepção de me deixar guardar, lá, o carro. É bonita de mais para passar a noite à janela, como a carochinha, disse.
Ora, essa. E eu agradeço!
Quarta-feira, 30 de Agosto de 2006
Sabes, Meu Amor, apaguei-te, hoje, derradeiramente, da memória do meu telemóvel.
Ah, pudesse eu apagar-te, assim, tão facilmente, da minha também!
Adriana Lima
Terça-feira, 29 de Agosto de 2006
Às vezes, é mais simples do que aquilo que pensámos: basta só juntar um pouco de dedicação.
Foto: Reuters
Interrogo-me sobre o porquê desta nostalgia que se me colou, à nascença, como uma tatuagem, determinada a acompanhar-me, vida fora.
Questiono-me sobre este descontentamento, este desfasamento entre vontade e capacidade, esta incompatibilidade entre desejos e possibilidades, este constante querer estar onde não estou, desejar o que não posso, ter o que nunca conseguirei…
Pergunto-me sobre esta ânsia, esta angústia, este aperto que me asfixia, que me paralisa nas escolhas e me tolhe nos caminhos… Ah, pudesse eu escolhê-los nove vezes e viver várias vidas, como fazem os gatos!
Às vezes gostava de ter ideias tipo Tang, em que bastasse juntar água.
Como se espremam as ideias?
Segunda-feira, 28 de Agosto de 2006
São muitas as preocupações que as crianças nos dão.
Como é que vai ser, quando ele fizer seis anos, entrar para a escola primária e… deixar de ter piada?!© Foto: Sofia Bragança Buchholz
Sábado, 26 de Agosto de 2006
− Uma mochila
− Um pacote de bolachas de chocolate
− Uma esteira/ ou toalha de praia
− Um papagaio de papel (hoje em dia já são todos de plástico)
− Comida para os patos (pão ou bolachas de água e sal)
− Dinheiro para gelados
− Uma garrafa de água
− Máquina fotográfica (facultativo)
− Óculos escuros (facultativo)
− Muita paciência (indispensável)
… ah, claro, já me esquecia, e o gnomo! © Foto: Sofia Bragança Buchholz
Sexta-feira, 25 de Agosto de 2006
− Olá, Simão!
− Olá.
− Queres vir ao Parque da Cidade caçar gnomos?
− SIIIIIIIIIIIM!
− Então, prepara-te que eu daqui a um bocadinho passo aí.
Parabéns ao blog uma por rolo
© Foto: Z
Todas as relações familiares são bombas latentes.
Uma vez activas são capazes dos mais violentos e cruéis danos, indiferentes ao género e idade dos envolvidos.
Quinta-feira, 24 de Agosto de 2006
O IBSN do "E as Fadas... também se enganam no Caminho?" é:
[Via Quixote e Kafka em Belo Horizonte]
Terça-feira, 22 de Agosto de 2006
Adriana Lima